quarta-feira, 19 de junho de 2013
O Veículo da Alma
Em minhas pesquisas sobre meditação e exercícios espirituais, encontrei a história de Santo Inácio de Loyola que de 1522 a 1523 escreveu o roteiro de exercícios espirituais baseados em suas experiências de encontro com Deus, são compostos de cinco passos, descritos em detalhes no site http://www.domtotal.com/religiao/exercicios_espirituais/#II. O mais interessante, é que durante o período em que fiz os exercícios aconteceram coisas extraordinárias, uma delas ainda me intriga mas sei que nada é por acaso. Logo cedo quando abri o salão uma moça evangélica me procurou, para que eu fosse visitar um rapaz que tinha sofrido um acidente, ela descreveu o rapaz e disse que ele cortava o cabelo comigo e fazia luzes, mas eu não conseguia me lembrar, não entendi o porque do pedido mas perguntei qual hospital ele estava, então ela explicou que ele havia morrido uns dois dias depois do acidente e desde então vinha aparecendo para ela pedindo que eu fosse vê-lo, é difícil descrever a sensação que tive, minhas pernas tremiam tentando entender mas a moça com naturalidade explicou que o velório estava acontecendo na sua Igreja passou o endereço e saiu como se estivesse dando um recado qualquer, fiquei alguns momentos parada analisando o acontecido tentando lembrar a pessoa, mas realmente não conseguia, falei com a minha mãe então fomos juntas ao velório, minhas mãos estavam geladas ainda sem entender o porque, mas uma onda de paz e serenidade tomava conta de mim, ao chegarmos reconheci o rapaz, eventualmente ele fazia luzes e cortava o cabelo comigo, mas nem lembrava seu nome e o assunto sempre era sobre o serviço prestado, imediatamente fiz uma oração e pedi ao Divino Espírito Santo que o envolvesse numa luz branca, que os Anjos do Senhor pudessem socorrê-lo, imaginei, visualizei e disse que tudo havia sido perdoado e que Deus não julga nem condena que ele poderia seguir a luz, deixar se levar pelos Anjos, tenho certeza que ele foi socorrido, humildemente pedi a Deus que encaminhasse ele no estudo e entendimento da Sabedoria e agradeci aos Anjos e Espíritos de Luz pela oportunidade de auxiliar no seu socorro, ainda não compreendo muitas coisas, mas sei que o fato de estar fazendo os exercícios podem ter alguma ligação, dando uma prova real de que nosso espírito continua em outra dimensão, nosso corpo é apenas um veículo para nossa alma habitar enquanto aprendemos a viver uns com os outros e principalmente com nós mesmos, saber perdoar nossos próprios erros e lidar com vitórias e derrotas com a mesma alegria entendendo que tudo é parte de um aprendizado para chegarmos a vida eterna, é uma tarefa diária. No Taoismo existe uma frase em que um sábio disse: "Duas pessoas compartilham o mesmo par de sapatos, o vivo carrega o morto e o morto enterra o vivo". No caso aqui as duas pessoas são o ego e o Espírito, o par de sapatos seria nosso corpo que é carregado pelo Espírito e se deixarmos o material dominar ou ego falar mais alto nosso Espírito é enterrado junto com o corpo, por isso a importância do desapego as coisas materiais, quanto mais materialista formos, mais grudados ao nosso veículo estaremos, mais difícil será entender nossa passagem, esta é uma explicação simples e resumida de algo muito grandioso. A riqueza e a prosperidade são partes importantes do aprendizado pois quem divide também multiplica, seja no conhecimento, no financeiro, no amor, nos relacionamentos em geral, a verdadeira bagagem está guardada em nosso espírito, pois todo o resto é efêmero, transitório, saber usar o que não podemos levar para compartilhar e ajudar quem está a nossa volta é um desafio. Toda forma de comunicação com Deus é válida, seja na oração diária, nos exercícios espirituais, na meditação ou simplesmente na intenção de nossos pensamentos de estar em contato com o divino, o importante e o que eu acredito é que ainda tenho muitas falhas, me vigio e policio constantemente para melhorar, não sou dona da verdade e tudo que escrevo e vivencio, tomo como lição e deixo aqui registrado para que cada um tire sua própria conclusão.
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